Anopheles - Wikipedia
Anopheles spp., mosquito vetor da Malária. Fonte: Wikimedia commons.

A hidroxicloroquina é um medicamento utilizado para o tratamento da malária, uma doença tropical perigosa, que afeta principalmente países tropicais, como os da América Latina e África e é causada por um parasita do gênero Plasmodium spp. (plasmódio), sendo transmitida por um mosquito de nome científico Anopheles spp..

Com o advento do Novo Coronavírus, uma pesquisa inicial publicada pela revista científica International Journal of Antimicrobial Agents, trouxe à tona dados da relação entre o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas afetadas pela COVID-19.

Mas como pode um medicamento para malária ser utilizado para tratamento de uma doença viral, como a COVID-19? Acompanhe no infográfico abaixo:

 

Um dos principais pontos a ser considerado se relaciona com a precocidade de se divulgar resultados tão iniciais. Talvez a hidroxicloroquina possa se tornar uma aliada ao combate ao Novo Coronavírus, mas se exige cautela. Assim como o estardalhaço causado anteriormente pela fosfoetanolamina – que se demonstrou ineficaz após testes clínicos posteriores -, a hidroxicloroquina deve ser vista com não apenas um, mas dois pés atrás.

ATUALIZAÇÃO: A hidroxicloroquina, em conjunto de outros medicamentos que inicialmente surgiram como potenciais aliados ao combate do SARS-CoV-2 (lopinavir/ritonavir/interferon), passaram por testes rigorosos e com ampla amostragem. Os estudos finais mostram que NENHUM desses medicamentos possuem efeito significativo no combate à infecção pelo Novo Coronavírus. Mais informações podem ser encontradas no OPAS OMS, Science Alert, Nature e outros periódicos e revistas científicas de renome.

 

Escrito por Leandro Teodoro Júnior.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, E., Maluf, F., Bueno, V. et al. Biliverdin targets enolase and eukaryotic initiation factor 2 (eIF2α) to reduce the growth of intraerythrocytic development of the malaria parasite Plasmodium falciparum. Sci Rep 6, 22093, 2016.

Andrade, R.O. A faxina do Plasmodium. Revista FAPESP, Ed. 245, 2016.

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